quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Como se liquida um juiz de instrução

...É acrescendo-lhe mais outro...assim.

O Governo quer retirar ao juiz Carlos Alexandre metade dos grandes processos de corrupção e grande criminalidade no Estado, com base em estatísticas falsas, que criam a necessidade artificial de nomear um segundo juiz.

O titular do Tribunal Central, nos últimos anos, foi o responsável pela maioria das buscas e ordens para julgar políticos, banqueiros e grandes empresários. Carlos Alexandre foi o juiz que autorizou buscas para apurar suspeitas de corrupção no processo Freeport, que permitiu ao Ministério Público invadir os maiores bancos e grupos económicos no Processo Furacão, que prendeu Oliveira e Costa e pronunciou todos os arguidos dos processos Portucale e das contrapartidas pela compra dos submarinos.

Agora, o magistrado vai deixar de ser o titular exclusivo do Tribunal Central de Instrução Criminal. Este projecto do Governo, que visa reorganizar os tribunais de Lisboa, propõe a redução de 63 juízes na nova comarca da capital mas, contra a corrente, a nomeação de mais um para o Tribunal Central.

Obviamente isto é muito grave e as pessoas estão distraídas. Mas o Governo não está. Seria interessante saber o que pensa do presidente do CSM que é o mesmo do STJ sobre este assunto.

3 comentários:

  1. Eu não acho nada interessante saber o que pensa esse senhor com tanto de patusco como de nocivo. Nem percebo o que se passa. Percebo é que o bando que tomou conta disto faz o que quer. E ainda lhes sobre tempo. -- JRF

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  2. O esquema é semelhante ao usado por Hugo Chavez e Daniel Ortega nos respectivos países. Não podendo destituir os juízes alargaram o número de membros até terem uma confortável maioria.

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  3. E resta saber quem será o Sr Juiz que o irá auxiliar.
    Será que leva a sua tunica ou levará um Avental?

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