sábado, 19 de fevereiro de 2011

A Esquerda imutável

Em meados dos anos oitenta, na altura em que se preparava a adesão à CEE, apareceu uma revista de ocasião. O título era Grande Reportagem e a dirigi-la apareceu José Manuel Barata-Feyo e José Júdice.

Os "colunistas" e "grandes repórteres" tinham nomes sonantes na imprensa da época: António Barreto, António-Pedro Vasconcelos, Maria Filomena Mónica, José Freire Antunes e Vasco Pulido Valente. Adelino Gomes, Miguel Sousa Tavares e Rui Araújo, entre outros.

Foi a primeira vez que se pôde ler uma revista que não tivesse impregnado na tinta impressa, em exclusivo,  o caractere esquedista então vigente no panorama dos media em Portugal.
Mesmo assim, a marca de água de tal pecha generalizada era tão notória em certos escritos que uma crónica de Filomena Mónica deixa bem claro que temos um problema ideológico em Portugal, há dezenas de anos: tudo o que não seja esquerda ou tingido em esquerdismo desmaiado não tem viabilidade mediática, em Portugal.

Esta crónica publicada na Grande Reportagem de 8 de Junho de 1985, da autoria de Maria Filomena Mónica, deixa perceber porquê. Clicar para ler.


2 comentários:

  1. Diz-me com quem andas ...
    São deste calibre os amigos do inenarrável!
    TIRADA DAQUI
    http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/armando-vara-centro-de-saude-doentes-lisboa-tvi24-polemica/1234190-4071.html

    Vara passa à frente de todos em centro de saúde

    Ex-ministro socialista apareceu de surpresa, passou à frente de todos os doentes e deu ordens a uma médica para lhe passar um atestado


    Armando Vara provocou esta quinta-feira um escândalo num centro de saúde de Lisboa. O ex-ministro socialista apareceu de surpresa, passou à frente de todos os doentes e deu ordens a uma médica para lhe passar um atestado.

    Um dos doentes apresentou uma reclamação. A responsável pelo centro de saúde pede desculpa, mas afirma que a responsabilidade foi toda de Armando Vara, que abusou dos seus direitos.

    José Francisco Tavares, de 68 anos, reformado, com seis filhos. Dirigiu-se ao centro de saúde com um ataque de sinusite, como o estado recomenda, para não entupir as urgências hospitalares. Esperou quase uma hora pela consulta. Como os outros doentes, a maioria dos quais reformados sem pensões de reforma que lhes permitam recorrer à medicina privada, José Francisco ficou à espera... mas foi ultrapassado por um milionário, Armando Vara, que passou à frente de toda a gente.

    A médica, surpreendida, ainda disse a armando vara que o não tinha chamado. Mas ele respondeu que estava cheio de pressa para apanhar um avião. E a médica que lhe passasse o atestado na hora. E conseguiu mesmo o que queria.

    Enquanto estávamos em reportagem, a directora do centro de saúde contactou-nos. Aproveitámos para fazer a pergunta: «Gostaria de saber se os amigos do primeiro-ministro, como o dr. Armando vara, têm direito de preferência nas consultas?» «Não, senhor jornalista Carlos Enes. O senhor Armando Vara entrou aí como qualquer utente e passou à frente de toda a gente. Entrou no gabinete da médica sem avisar e sem que a médica percebesse que não estava na sua vez. Foi uma situação de abuso absolutamente inconfundível», respondeu Manuela Peleteiro.

    José francisco apresentou de imediato uma reclamação no livro amarelo. 24 horas depois, acompanhado pela TVI, foi recebido pela directora dos centros de saúde

    O doente abusador, se não perdeu o avião, está no estrangeiro. A TVI tentou contactá-lo através do advogado, sem êxito.

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  2. O rapaz não percebeu que estava com a face visível.

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